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Comportamental Ancestral: As diferenças dos felinos dos demais animais domésticos

Os felinos, ao longo da história, sofreram bastante preconceito. Associados à magia, ou, às lendas urbanas, houve sempre muito equívoco sobre o comportamento dos gatos. Por isso, na coluna desta semana, falaremos sobre esse animal doméstico e sobre aspectos muito importantes da sua rotina que, certamente, contribuirão para compreender melhor essa espécie. 

Ao longo da sua evolução, os felinos desenvolveram características distintas para sobreviverem como predadores eficientes. Seu comportamento caçador e habilidades de caça são profundamente enraizados, resultando no instinto de perseguir suas presas e na sua preferência por refeições frequentes e pequenas.

Não é à toa que no processo alimentar, os felinos mostram muito do seu comportamento. Seus ancestrais eram carnívoros obrigatórios e dependentes de uma dieta rica em proteínas e gorduras. Dieta que influencia, hoje, suas brincadeiras predatórias e o hábito de “guardar” alimentos para futuras refeições. Tutores de gatos são surpreendidos, vez ou outra, com “espólios de caça”, como lagartixas, insetos e até ratos. 

Nesse sentido, para sua nutrição, os bichanos têm preferência por alimentos mais úmidos e gostam de ter acesso à hidratação também por meio deles. No setor veterinário atual existe uma gama de produtos desenvolvidos com essa finalidade de alimentar e hidratar ao mesmo tempo. Como exemplo, temos os patês pastosos e em formato de sachês. 

A natureza independente dos gatos também chamam a atenção. Fato que resulta da evolução solitária de seus ancestrais, que muitas vezes caçavam e viviam isolados. A territorialidade é uma característica marcante nos felinos, refletida na demarcação territorial através da urina e dos arranhões no local. 

Além disso, os felinos são conhecidos por estarem sempre se lambendo, tendo uma rotina diária de higiene. E esse aspecto notável evoluiu para manter a pelagem sempre limpa e marcar o território com seu cheiro. 

Distintamente dos animais domesticados mais sociáveis, os felinos podem demonstrar afeto de maneira mais sutil, expressando carinho por meio do contato físico, como esfregar as cabeças ou ronronar. 

Essa natureza mais moderada reflete suas necessidades específicas e não significa falta de conexão com o ser humano. Ao contrário, os gatos podem se mostrar verdadeiros protetores de seus lares e serem muito companheiros.

Para finalizar, é importante compreender o comportamento dos felinos, a fim de garantir que eles tenham em seu ambiente doméstico os elementos necessários para desenvolver as características naturais de sua forma de vida. A gatificação – inclusão de objetos (brinquedos, arranhadores, mobília, comedouros e bebedouros) nos espaços de circulação dos felinos – é uma forma de gerar bem-estar e respeitar o que é essencial para o seu desenvolvimento e para sua saúde. Ao escolher dividir sua vida com um gatinho, busque criar um ambiente amigável para que ele se aventure pela casa e se divirta junto! Qualquer dúvida, procure sempre um médico veterinário.