Mães de pet: Amor que transforma lares
7 de maio de 2025Se um cachorro destrói móveis quando fica sozinho ou um gato passa o dia escondido, muitos tutores acreditam se tratar de “manha” ou “teimosia”. No entanto, esses podem ser sinais claros de transtornos comportamentais, como ansiedade, estresse crônico e até depressão.
A ideia de que animais podem sofrer emocionalmente ainda causa resistência em algumas pessoas. Afinal, por muito tempo acreditou-se que sentimentos complexos eram exclusivos dos humanos. Hoje, no entanto, a ciência já comprova que cães e gatos experimentam emoções profundas, têm memória afetiva e podem desenvolver distúrbios psicológicos em resposta ao ambiente e às experiências vividas.
Mudanças bruscas na rotina, ausência prolongada do tutor, traumas, falta de socialização e até o luto pela perda de um companheiro humano ou animal podem desencadear sintomas de sofrimento psíquico nos pets. Sinais como apatia, agressividade repentina, lambedura excessiva, vocalização constante ou até automutilação indicam um problema que não deve ser ignorado.
O tratamento vai muito além de simples correções de comportamento. Médicos veterinários especializados e etólogos (especialistas em comportamento) analisam cada caso individualmente, podendo indicar mudanças na rotina, enriquecimento ambiental e, em casos mais severos, até uso de medicação. A abordagem correta pode transformar a vida de um animal que sofre em silêncio.
Negar a existência desses transtornos é fechar os olhos para a complexidade emocional dos pets. Ao compreender que saúde mental também faz parte do bem-estar animal, damos um passo fundamental, a fim de garantir que eles vivam com qualidade e felicidade. Se seu animal mudou repentinamente de comportamento, se está mais isolado e arredio, não deixe de buscar ajuda profissional. Somente uma abordagem individualizada permite compreender e realizar o tratamento mais adequado ao seu animal de estimação.