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Leishmaniose: o que é, sintomas, diagnóstico e tratamento

Também conhecida como calazar, a Leishmaniose Canina é uma infecção parasitária que pode ser transmitida para seres humanos. Apesar de ser relativamente silenciosa no início, a doença tende a evoluir para quadros mais graves, podendo, até mesmo, levar o paciente à morte.

Por se tratar de uma doença grave, até alguns anos atrás, era comum que cães com o diagnóstico da doença fossem sacrificados, a fim de evitar surtos da doença entre seres humanos e outros animais. Ainda pouco falada, é um problema sério no país. Em 2017, cerca de 90% dos casos da doença registrados na América Latina ocorriam no Brasil. Sendo assim, no texto de hoje, vou falar um pouco sobre a doença e explicar mais a fundo os sintomas, como é feito o diagnóstico e se existe algum tipo de tratamento.

A doença é causada por um protozoário que, uma vez no organismo do hospedeiro, se multiplica e começa a atacar as células fagocitárias, também conhecidas como macrófagos. Essas células fazem parte do sistema imunológico e ajudam a proteger o organismo contra corpos estranhos. Se não tratada, a doença pode evoluir e atingir órgãos importantes, como o fígado e a medula óssea.

A Leishmaniose pode se manifestar de duas maneiras: cutânea ou visceral. No entanto, quando falamos de cachorros, a mais comum é a visceral, já que o pet não é o hospedeiro preferencial do outro tipo da doença.

Sintomas:

Ao menos no início, nem todos os cães acometidos pela enfermidade apresentarão algum sintoma. Estima-se que cerca 60% dos casos sejam assintomáticos. Isso porque a Leishmaniose pode ficar incubada por tempo variável, que varia entre três meses e seis anos.

Neste caso, os sintomas variam de acordo com o órgão atingido. Porém alguns sintomas iniciais da doença incluem: emagrecimento, lesões na pele (especialmente na face e nas orelhas), crescimento exacerbado das unhas, perda de apetite, febre.

Diagnóstico:

A única maneira de saber, com certeza se seu amigo foi infectado é levando-o ao veterinário. O diagnóstico é feito por meio dos exames de sangue de sorologia, reação de imunofluorescência indireta. Outras maneiras de chegar ao diagnóstico é através do imprint de feridas, ou seja, uma citologia por decalque no qual colhemos um fragmento do órgão ou nódulo a ser examinado a fim de tentar localizar o parasita. A entrevista com o tutor, assim como a avaliação clínica do paciente, também são muito importantes para ajudar o profissional a solicitar os exames adequados com precisão.

Prevenção:

Hoje é imperativo a aplicação de vacina contra leishmsniose 3m áreas epidemicas, além de haver no mercado coleiras e medicamentos que protegem o animal do mosquito transmissor da doença.

Tratamento:

Até pouco tempo, o diagnóstico da enfermidade era uma das piores notícias que o tutor poderia receber. Isso porque, não havendo cura, a recomendação era que todos os pets confirmados com a doença fossem sacrificados. Porém, a partir de 2018, graças a um medicamento exclusivo para pets, a Leishmaniose deixou de ser uma doença sem tratamento, apesar de não possuir cura.

É importante que o pet seja acompanhado de perto por um veterinário durante toda sua vida, já que o tratamento não elimina completamente a doença, mas impede a progressão da doença e diminui a carga do parasita, fazendo com que o cachorro deixe de ser um transmissor

Gostaram da coluna de hoje? Espero que sim!

Um abraço e até a próxima!