Geralmente, os meses de janeiro, fevereiro e março são marcados pelas famosas chuvas de verão. Elas tendem a ser mais intensas e causam enxurradas/enchentes. No entanto, além dos transtornos que todos nós já conhecemos, é importante ficarmos atentos à nossa saúde e também à saúde dos animais. É durante o período das chuvas que cresce a transmissão da Leptospirose, doença que, para os seres humanos, na maioria das vezes, tem tratamento e cura, mas para os animais, geralmente pode se tornar fatal. E é justamente sobre como os pets contraem a doença que vou falar um pouco mais na coluna de hoje.
A leptospirose é uma doença causada pela bactéria Leptospira, muito associada aos ratos urbanos, já que está presente no organismo desses animais sem que lhes causem mal algum. O contágio da bactéria se dá pelo contato com o animal, com a urina contaminada, ou ainda com secreções de um pet infectado. Desse modo, trata-se de uma zoonose, o que quer dizer que a leptospirose canina pode ser transmitida para humanos.
Mas como os animais têm contato com a urina infectada? De várias formas, pois a urina do rato pode ser propagada pela água de rios e córregos. Quem mora em casas deve ter atenção redobrada: os roedores podem entrar nos quintais e, assim como os próprios cães, podem urinar para marcar território e um dos grandes alvos são as comidas dos cães. Nesses casos, o risco de infecção é ainda mais alto, pois a doença é contraída através da penetração da bactéria nas mucosas – boca, língua, olhos e ferimentos abertos.
Os primeiros sintomas podem se confundir com outras doenças, por isso há uma certa demora no diagnóstico correto o que dificulta as chances de cura. Entre os sintomas, os mais evidentes são:
Vômitos e diarreia;
Perda de apetite;
Febre;
Urina escura;
Ulceras bucais;
Cor amarelada nas mucosas dos olhos e da boca;
Debilitação geral do animal.
O tratamento de leptospirose canina pode variar de acordo com o estágio da doença. Sendo assim, as medidas terapêuticas vão desde hidratação até administração de remédios específicos. A doença tem cura, desde que diagnosticada e tratada ainda na fase inicial.
A melhor maneira de prevenir é sempre através da vacina para leptospirose canina, que deve ser reforçada periodicamente. Outro cuidado essencial é adotar medidas de higiene, como remoção periódica dos lixos e limpezas regulares da sua residência.
Sem contar que, durante o período das chuvas é recomendável proteger seu cachorro, não deixá-lo exposto em locais abertos, como hortas e quintais. Além disso, é importante evitar deixar as rações, água ou outros alimentos em locais abertos o dia todo.
Por fim, sempre leve o cãozinho ao veterinário para visitas regulares. Essa prática previne não só a leptospirose canina, mas outras doenças. Além disso, pode garantir ao animal mais saúde e bem-estar por muitos anos.
Gostaram de saber um pouco mais sobre como evitar a doença nos nossos pets e, consequentemente, que ela seja transmitida para nós? Espero que sim! Um abraço e até a próxima edição.